Era uma noite sufocante de Julho. Vivia em Aveiro, num 2.º andar virado para a Ria. O calor não me deixava dormir e havia um gato na rua que miava sem parar. Vira para um lado, vira para o outro e as horas iam passando. Mal raiou o dia, decidi que já não aguentava mais e desci à rua com um prato de comida de gato e outro com água. Os miados não paravam mas não via o gato em lado nenhum. De repente olho para dentro da Ria e lá estava ele: uma coisinha minúscula, num buraco na parede do canal, com a água já pelo pescoço. Entrei em pânico. Atirar-me à água não era opção e não havia ninguém à vista. De repente lembrei-me que ao virar da esquina vivia um pescador. Corri para lá e desatei a bater à porta a pedir ajuda. Eram umas 6h da manhã... O sr. lá me veio perguntar o que se passava e eu pedi-lhe ajuda para ir salvar o gatito. Olhou para mim como se eu fosse doida mas lá acedeu, meteu-se no barco e tirou o bichinho de dentro de água. Levei aquela coisinha escura a tremer de frio para casa. Dei-lhe um banho e por baixo de várias camadas de lama e pulgas apareceu um pêlo branco, lindo e macio.
Ainda o tentei dar, mas ninguém o quis. Depois o Carlos chegou de fim-de-semana - na altura já trabalhava em Lisboa há uns anos - e apaixonou-se por ele. A Mia recebeu-o muito mal, mas aos poucos lá se habituou.
Era o mais meigo dos gatos, o que lhe valeu inumeras ameaças de rapto por parte da família e amigos. Mas nunca teve muita saúde. Fomos dele só até ontem.
A casa está vazia. Vamos ter muitas saudades e tenho a certeza que falaremos dele durante muitos e muitos anos.
abril 18, 2012
abril 16, 2012
abril 10, 2012
caixas de sementes
Basei-me neste tutorial da Sandra para fazer umas caixinhas para oferecer com sementes. Não parece, pois não? Mas é verdade.
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Já experimentaram as novas funcionalidades do Picasa? Aqui fica uma amostra:
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